07/06/2013

Artigos Científicos

Estudo Anatômico e Funcional do Complexo Ligamentar Colateral medial do Cotovelo


Autores: Marcelo Fernandes Tribst, Américo Zoppi Filho, José Carlos Silva Camargo Filho, Darlene Sasso e Antonio Egydio de Carvalho Junior.


Resumo- OBJETIVO: Realizar um estudo anatômico do ligamento colateral medial, um importante estabilizador do cotovelo, em diferentes graus de flexo-extensão do cotovelo. MÉTODOS: Fora dissecados 40 cotovelos para analisar o comportamento funcional das bandas anterior, posterior e transversal do ligamento nas manobras de estresse em valgo do cotovelo durante seu movimento de flexão e extensão em diferentes graus. Determinou-se dois grupos: no GPA foi seccionado, a banda posterior do ligamento, depois da cápsula articular e por fim, a banda anterior, no GAP, a ordem de dissecação foi inversa. RESULTADOS: No GPA observou-se instabilidade somente na terceira etapa e a média de abertura foi maior entre 50º e 70º de flexão de cotovelo; no GAP, a instabilidade apareceu desde a primeira etapa e os graus de flexão com maior instabilidade foram nos mesmos do grupo A. CONCLUSÃO: A banda anterior do ligamento colateral medial do cotovelo é o mais importante estabilizador na instabilidade em valgo do cotovelo e sua atuação principal acontece entre 50º e 70º de flexão de cotovelo.



Tratamento Artroscópico da Rigidez pós-traumática do Cotovelo

Autores: José Carlos Garcia Júnior, Jose Luis Amim Zabeu, Ivaldo Angelo Cintra Junior, Carlos Augusto Mattos e Jesely Pereira Myrrha

Resumo - OBJETIVO: Avaliar pacientes submetidos à artroscopia para liberação do cotovelo rígido, discutindo a técnica, possíveis dificuldades e riscos. MÉTODOS: Foram realizadas 24 antroscopias de cotovelos. Todos os pacientes foram avaliados usando goniometria pré e seis meses pós-cirurgia e pontuados com o escore de cotovelo Mayo. RESULTADOS: Operados 15 homens e nove mulheres, 14 cotovelos direitos e 10 esquerdos, média de idade de 34,58 anos e de tempo de seguimento de 38,41 meses. A média do ganho do arco de movimento foi de 43,3º e MES de 85,4. CONCLUSÃO: A liberação antroscopia pode viabilizar melhor visualização e aumento das opções de mudança de estratégia durante a cirurgia, diminuição do trauma cirúrgico e possibilidade de reabilitação precoce, podendo atingir resultados similares ou melhores que os da cirurgia aberta. Contra a antroscopia há a grande curva de aprendizado e o maior custo do procedimento. Ambas as técnicas relatam complicações neuro vasculares. Para evitar tais problemas, o protocolo para realização dos portais deve ser rigorosamente seguido. A liberação artroscópica mostrou ser opção segura e eficaz no ganho da ADM no cotovelo rígido pós-traumático.



Resistência ao movimento e atividade eletromiográfica dos músculos flexores e extensores de cotovelo em pacientes hemiparéticos espásticos submetidos à crioterapia e estimulação elétrica neuromuscular

Autores: Débora Daisy da Silva, Ana Carolina Lacerda Borges, Mário Oliveira Lima, Fernanda Pupio Silva Lima, Sérgio Takeshi Tatsukawa de Freitas, Daniel Vilela Nogueir, Paulo Roberto Garcia Lucareli, Alderico Rodrigues de Paula Junior, José Carlos Cogo.

RESUMO- A espasticidade quase sempre coexiste a um Acidente Vascular Encefálico (AVE), devido à lesão do motoneurônio superior, provocando um impacto nas atividades da vida diária e na qualidade de vida dos pacientes. Por esse motivo é de suma importância o controle do tônus muscular, que pode ser alcançado por meio de recursos fisioterapêuticos, como a crioterapia e a Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM). Como demonstrado em diversas pesquisas na área, esses recursos são vantajosos pelos efeitos fisiológicos que proporcionam, porém, são insuficientes os trabalhos científicos que forneçam embasamento para o tratamento da espasticidade dos membros superiores e, evidenciem o tempo de duração dos efeitos fisiológicos após aplicação desses recursos. Nesse sentido, o presente trabalho vem contribuir para o estabelecimento de protocolo de aplicação de crioterapia e EENM em indivíduos portadores de hemiparesia espástica e, informar a duração dos efeitos após submissão às terapias, por meio da análise da resistência ao movimento dos músculos flexores e extensores de cotovelo antes, depois, 10, 20 e 30 minutos após a aplicação de crioterapia e EENM. Participaram do estudo 15 pacientes com diagnóstico de AVE e diagnóstico fisioterapêutico de hemiparesia espástica, de ambos os sexos, com idade média de 56 ± 16 anos. A avaliação foi realizada antes e após a terapia, e nos instantes de 10, 20 e 30 minutos após o término de sua aplicação, e consistiu na captação da atividade eletromiográfica por meio da Eletromiografia (EMG) de superfície e da resistência ao movimento por meio do Dinamômetro Isocinético, no modo passivo nas velocidades angulares de 30 º/s e 150 º/s. Embora não estatisticamente significativos (p < 0,05) os resultados evidenciam uma redução da resistência à movimentação passiva dos flexores e extensores de cotovelo após a aplicação de crioterapia e EENM, comprovando a eficácia dos recursos fisioterapêuticos na redução da resistência à movimentação passiva de indivíduos hemiparéticos espásticos, embora, apresentem efeitos diferentes com relação ao tempo.


15/04/2013

Estudo Dirigido Articulação do Cotovelo

Imagens relativas à Articulação do Cotovelo:

Estrutura óssea da Articulação do Cotovelo;

Estrutura ligamentar da Articulação do Cotovelo, visão anterior e posterior;

Estrutura ligamentar da Articulação do Cotovelo, visão lateral e medial;

Estrutura muscular da Articulação do Cotovelo


12/04/2013

Estudo Dirigido Cintura Escapular

A Cintura Escapular ou Escapula é a porção mais elevada dos membros superiores do corpo humano segundo a Anatomia. É formada por por duas clavículas e duas escapulas e são unidas por ligamentos e articulações, nas quais são: Gleno Umeral, Acrômio Clavicular, Esterno Clavicular, Córaco Clavicular e Escápulo Torácica.


A escapulo torácica é uma das articulações da cintura escapular, porque ela é considerada uma articulação funcional?
É considerada uma articulação funcional por não apresentar as característica principais anatômicas de uma articulação, como por exemplo a união entre ossos, uma das características principais.

Caso um individuo sofra uma lesão que comprometa a função do músculo serrátil, qual outro músculo será o único responsável pelo movimento de abdução? Por que?
Peitoral menor, pois são os dois únicos músculos motores responsáveis pelo movimento de abdução e não a colaboração de um músculo acessório que poderia também auxiliar nesse movimento.


05/04/2013

Cintura Escapular com Luxação

Luxações do Ombro

INSTABILIDADE DO OMBRO (SUBLUXAÇÃO E LUXAÇÃO)

Causas, Sintomas e Tratamento
O termo luxação na realidade significa a perda total do contato entre as extremidades, cobertas de cartilagem, de dois ossos. O termo subluxar significa uma perda parcial desse contato. O ombro é a articulação que mais frequentemente sofre uma luxação. No caso a cabeça do Úmero se desloca da glenoide. A estabilidade estática dessa articulação é conferida pelos ligamentos gleno-úmerais, labrum, cápsula articular e geometria óssea. Já a estabilidade dinâmica é conferida pelos músculos do Manguito Rotador e músculos peri-escapulares. A luxação pode ser para anterior (mais comum), para posterior e para inferior. Geralmente, quando ocorre, causa muita dor no ombro e , costuma causar incapacidade funcional. Há uma deformidade local pela perda do contorno da cabeça do Úmero, que chamamos de sinal da dragona militar. O paciente pode, ainda, apresentar uma limitação da movimentação do ombro e a articulação pode edemaciar.
Após um primeiro episódio há a chance de novos episódios ocorrerem e quanto mais vezes luxa mais chances tem de um novo episódio ocorrer. Sabe-se ainda que pacientes homens e jovens tem maior chance de um novo episódio de luxação ocorrer, especialmente se o mesmo realiza atividades esportivas que exijam do ombro acometido. Chamamos isso de luxação recidivante do ombro ou instabilidade.A causa mais comum para luxar um ombro é um trauma sobre o ombro que faz com que ele se desloque de sua posição. Contudo, microtraumas , tais como em atividades esportivas e, hiper frouxidão ligamentar podem causar uma luxação ou uma subluxação do ombro.
Na eventualidade de uma luxação, o melhor a se fazer é posicionar o braço acometido numa posição ao lado do corpo, da maneira mais confortável possível e procurar um pronto-socorro. No pronto-socorro radiografias devem ser realizadas para descartar a presença de qualquer fratura associada, sendo as mais comuns a da borda anterior da glenoide e fratura do tubérculo maior do úmero e, então o ombro deve ser reduzido, ou seja, a cabeça do úmero deve ser trazida de volta para seu contato com a glenóide, por meio de manobras específicas.
Após a redução o ombro é imobilizado em uma tipóia por quatro semanas e depois deve iniciar a reabilitação. É importante salientar que quando o ombro luxa lesões dentro da articulação podem ocorrer. Da mesma maneira que o mais comum é ocorrer uma luxação para anterior, é comum ocorrer uma lesão do lábrum anterior e inferior (lesão de Bankart) e um alongamento da cápsula articular. O lábrum é um tecido de fibro cartilagem que envolve toda a glenóide e uma lesão na porção ântero-inferior leva a uma frouxidão da porção anterior dos ligamentos do ombro, facilitando novas luxações, já que esses ligamentos se inserem no labrum.
Portanto, sempre que possível, uma ressonância magnética deve ser solicitada para se avaliar as possíveis lesões que podem ocorrer após uma luxação do ombro. Nas subluxações e luxações que ocorrem sem um trauma aparente, provavelmente devido a uma hiper frouxidão ligamentar e/ou fraqueza muscular normalmente não encontramos lesões na articulação quando analisamos a Ressonância Magnética. Contudo esses pacientes podem voltar a subluxar ou luxar o ombro ou podem se queixar de dor sempre que movimentam o ombro. Esses pacientes precisam ser reabilitados para evitarem ter recidiva. Um programa de fortalecimento dos músculos da cintura escapular e músculos peri-escapulares é indicado, assim como trabalho de propriocepção do ombro e, na grande maioria das vezes, o paciente com luxação ou instabilidade traumática melhora completamente seguindo esse programa de reabilitação.
Nos casos de lesões causadas por microtraumas, por vezes a principal queixa desses pacientes é dor ou sensação que seu ombro vai deslocar ao posicionar o braço em abdução e rotação lateral. Também esses pacientes podem referir uma sensação de perda dos sentidos desse braço no momento do gesto esportivo (por exemplo, arremesso ou saque)
Esses pacientes geralmente apresentam um certo grau de frouxidão ligamentar e o exame de ressonância magnética mostra lesão do labrum glenoidal. Da mesma maneira, os pacientes com uma luxação causada por um trauma e que não apresentavam frouxidão ligamentar tendem a ter uma lesão do labrum, como dito anteriormente. Esses casos tendem a ter recidiva da luxação ou subluxação e, nessa situação o tratamento cirúrgico é a melhor opção.
A cirurgia pode ser realizada por meio da artroscopia ou por via aberta, para isso diversos fatores são levados em conta para se indicar um método ou outro, tais como: idade do paciente, números de episódios de luxação, atividades esportivas, presença de lesões ósseas associadas. Normalmente a taxa de sucesso após uma cirurgia por luxação ou subluxação do ombro gira em torno de 95% desde que bem indicada.

Fonte: Tudo Sobre Ombro